"Somos todos visitantes deste tempo, deste lugar. Estamos só de passagem. O nosso objetivo é observar, crescer, amar. E depois vamos para casa."
(Provérbio Aborígene)
O nosso objetivo é observar, crescer, amar.
Objetivo cada vez mais negligenciado pelos visitantes deste tempo, deste lugar.
Negligência que fará com que, ao ir para casa, a maioria dos visitantes o faça
lamentando não ter alcançado o objetivo. A maioria, mas não todos, pois sempre
haverá os que observarão, crescerão, amarão, e, consequentemente, quando forem para
casa estarão melhores do que estavam quando aqui chegaram. É nesse seleto grupo
que incluo os indivíduos cujo dia internacional é celebrado hoje: os profissionais
da enfermagem. Profissionais cuja compaixão tive a oportunidade de constatar quando
estive sob seus cuidados durante minha estada em um leito de UTI após ter sido vitimado pela COVID 19. Constatação que
levou-me a pesquisar a existência de uma data celebrativa associada a tais
profissionais. Pesquisa que levou-me a encontrar vários textos a partir dos
quais elaborei um que é apresentado a seguir, como uma singela homenagem a
esses imprescindíveis profissionais.
Embora sejam denominados cuidados médicos, os cuidados requeridos por quem adoece não restringem-se aos prestados por médicos. Outros profissionais têm papel fundamental e decisivo na recuperação da saúde: os (as) enfermeiros (as).Existente desde a época em que ser enfermeiro era uma referência a quem cuidava, protegia e nutria pessoas convalescentes, idosos e deficientes, a atividade tem origem milenar. Durante a maior parte de sua existência a enfermagem foi uma atividade não profissional desenvolvida principalmente por religiosas como uma forma de sacerdócio. Só após o trabalho de Florence Nightingale a atividade começou a receber status profissional.Foi na guerra da Crimeia, em que o Reino Unido participou entre 1853 e 1856, na qual Nightingale atuou como chefe e treinadora de enfermeiras no atendimento aos soldados feridos que seu trabalho ganhou notoriedade. Sua dedicação aos enfermos era tão grande que ela chegou a ganhar um apelido: "A Dama da Lamparina". O motivo? Para cuidar melhor dos soldados feridos, ela fazia rondas noturnas usando um desses instrumentos.Ela deu à enfermagem uma reputação favorável e teve importância fundamental na profissionalização das funções de enfermagem para as mulheres. Lutando para dar à atividade um caráter profissional, em 1860, Florence Nightingale inaugurou, no Hospital Saint Thomas, a Escola de Treinamento Nightingale. Foi lá que foram lançadas as bases do ensino de enfermagem e foi de lá que saíram as primeiras enfermeiras diplomadas. Hoje, tal escola é chamada de Escola de Enfermagem e Obstetrícia Florence Nightingale e faz parte do King's College of Londres.O Dia Internacional da Enfermagem é celebrado mundialmente desde 1965, porém, oficialmente esta data só foi estabelecida em 1974, a partir da decisão do Conselho Internacional de Enfermeiros. O dia 12 de maio foi escolhido como homenagem ao nascimento de Florence Nightingale, considerada a "mãe" da enfermagem moderna.A atividade tem origem milenar; a profissão tem origem secular. Inicialmente feminina, a profissão passou a ser exercida por ambos os sexos, porém, tendo sempre um contingente feminino bem maior que o masculino. Desde sua criação, a enfermagem vem formando, em todo o mundo, profissionais comprometidos com a saúde e o bem-estar do ser humano. Comprometimento que, por mim, só foi constatado há poucos meses, durante minha estada em um leito de UTI ocorrida entre os dias 28 de agosto e 12 de setembro de 2021. Estada que levou-me a constatar a real dimensão dessa nobre profissão e, consequentemente, a elaborar a postagem intitulada Lição oferecida pela estada em um leito de UTI, publicada em 04 de outubro de 2021. Minha gratidão a esses imprescindíveis profissionais cujo Dia Internacional é hoje celebrado é algo eterno.
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