Esta é uma postagem diferente, pois em vez de ter sido inspirada em um texto (como a maioria das anteriores) ela foi motivada por um vídeo que recebi do Luciano Fabiano, um ex-colega de trabalho e eterno amigo. A leitura de Desobediência: uma virtude original do homem o levou a me enviar um e-mail com o endereço de um vídeo, precedido da seguinte observação:
“Oi Guedes,o Javali foi “desobediente" as leis da Natureza.....”
A minha sugestão é de que antes de prosseguirem com a leitura da postagem assistam ao vídeo (cujo endereço aparece abaixo), pois a continuação do texto tem a ver com o que nele é mostrado.
Temos mais a aprender com os animais do que supõe a nossa vã filosofia. Sim, o javali desobedeceu à lei que diz que o mais fraco deve submeter-se ao mais forte sem esboçar qualquer reação, mesmo que isto lhe custe à própria vida. E ao desobedecer à lei (ou seria apenas uma regra?) ele mostra que diante de situações nas quais “todo mundo” reage de um mesmo jeito é possível reagir de outro. Sim, é sempre possível escolher uma maneira diferente de reagir e, consequentemente, de obter um resultado diferente. Aceitando ou não (isso é problema de cada um), a vida é uma sucessão de escolhas.
Em vez de tentar fugir, o javali escolheu confrontar o adversário e reagir de forma inesperada. E ao fazê-lo, em minha opinião, dá aos homens um exemplo de como reagir em determinadas circunstâncias. Não me refiro àquelas em estejamos diante de animais ferozes, pois a selva onde sobrevivemos é de pedra e nela não é comum a existência de tais animais. Refiro-me àquelas em que nossos superiores, não em força física, mas em posições hierárquicas, pretendem nos subjugar. Creio que em tais situações, a exemplo da atitude do javali, a perplexidade causada por uma reação inesperada seja capaz de produzir resultados igualmente inesperados e, na maioria das vezes, muito mais proveitosos.
Se correr o bicho pega, se ficar o bicho come, diz um velho dito popular, mas em tal ditado o correr significa correr na frente. Mas o que o javali fez foi correr atrás e, no meu entender, ao fazê-lo alterou o velho ditado que de agora em diante deve ser redigido assim: Se ficar o bicho come, se confrontar e correr atrás o bicho foge.
E o javali fez o que fez sozinho! Porém existem outros exemplos em que animais se juntam para enfrentar e superar ameaças e dificuldades. Mas, infelizmente, esta espécie autodenominada “inteligente” insiste em não incluir essas práticas entre as melhores! Que raçazinha teimosa!
Diante da lição que nos deu, creio que ao nos referirmos àquele animal do vídeo não deveríamos dizer que se trata de um javali. Em minha opinião, em vez de “javali” ele deveria ser classificado como “continuo valendo”.
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