"Se você
deseja invalidar a lei de que todos os corvos são negros, não deve procurar
demonstrar que não existem corvos negros: basta exibir um corvo branco. Meu
corvo branco é a Sra. Piper".
(William James [1842 – 1910], genial psicólogo e filósofo
americano, depois de muito pesquisar o fenômeno psíquico em geral e, em
particular, a mediunidade da Sra. Leonora Piper)
"Se você deseja invalidar a lei de que todas
as pessoas são vulgares, não deve procurar demonstrar que não existem pessoas
vulgares: basta exibir uma pessoa invulgar. Considerando o que é dito no
próximo parágrafo, minha pessoa invulgar é a Sra. Edith."
"O vulgar seria a esposa desprezada odiar o marido traidor, fazendo o possível para esquecer o miserável que destruíra a sua alegria de viver. Edith, no entanto, não odiou o esposo infiel. Aliás, não poderia fazê-lo, porque jamais deixaria de amá-lo. (...) Logo mais, tomou uma decisão: se ela não poderia retê-lo junto a si, nem por isso estava impedida de acompanhar a sua vida com a nova esposa. Pediu o consentimento a ele para continuar a escrever-lhe."
Buscando em https://www.significados.com.br/ o significado de "vulgar" lá encontrei o
seguinte resultado: "Vulgar é um adjetivo de dois gêneros que se refere ao
que é comum, banal, medíocre ou algo que
pertence ao povo (os negritos vieram na busca). Buscando o
significado de "comum" encontrei o seguinte resultado: "O que se
apresenta em maior número; a maioria.".
Ou seja, em
uma situação em que o comportamento comum ("o que se apresenta em maior
número") consiste em o indivíduo justificar (sic) suas ações, e omissões,
alegando "estar fazendo o que todo mundo faz", o que a Sra. Edith fez
foi comportar-se de forma incomum. Comportamento incomum que redundou em uma
linda história que alguma interferência divina fez chegar às páginas de uma
revista publicada em 35 línguas e distribuída em 120 países para que pudesse servir
de inspiração e de modelo a milhões de pessoas.
"Nos Estados Unidos, uma mulher do povo, de nome Edith Taylor, demonstrou ser possível amar sem impor condições e sua história foi narrada por um repórter nas páginas da Revista Seleções.", eis um significativo trecho da referida reportagem.
Demonstrar ser possível dar amor sem impor
condições, sem esperar retribuição, em um mundo em que são poucos os capazes de
oferecer o que quer que seja sem o recebimento ou, pelo menos, a expectativa de
recebimento, de algo em troca; e em que são muitos os que diante da
possibilidade de ceder o que quer que seja fazem a pergunta - O que eu ganho com
isso? –, eis a extraordinária lição de vida deixada por Edith Taylor por intermédio
da publicação de sua exemplar história.
Amar sem impor condições, ou seja, amar incondicionalmente,
eis o estágio evolutivo ao qual precisa chegar a autodenominada espécie
inteligente do universo caso queira, realmente, fazer jus a tal
autodenominação. Amor incondicional eis a expressão usada em busca realizada na
internet e na qual encontrei em https://pt.mindvalley.com/blog/amor-incondicional/ o que é reproduzido nos três parágrafos apresentados a
seguir (os negritos vieram na busca).
Na sua busca pela auto-compreensão, os gregos desenvolveram oito nomes para os diferentes tipos de amor que governam nossas vidas, relações, interesses e paixões, incluindo; Ágape (Amor Incondicional), Eros (Amor Erótico), Philia (Amor Afetuoso), Storge (Amor Familiar), Ludus (Amor Brincalhão), Pragma (Amor Duradouro), Mania (Amor Obsessivo), Philautia (Amor Próprio).
Ágape – Amor Incondicional: o tipo mais alto e mais radical de amor. Ágape é um amor altruísta, que se correlaciona com o que os budistas descrevem como Metta ou bondade universal. É a forma mais pura de amor, livre de desejos e expectativas.
(...) Falamos de amor incondicional como um lugar em que passamos a habitar, quando, na realidade, o amor incondicional é uma jornada contínua e árdua para as profundezas de nós mesmos. E a pergunta sempre surge: será que existe mesmo amor incondicional? Bem, a resposta pode não ser tão fácil assim, mas dada a nossa heterogeneidade enquanto espécie, e a complexidade de nossas relações, a resposta está mesmo dentro de cada um.
"Na realidade, o
amor incondicional é uma jornada contínua e árdua para as profundezas de nós
mesmos.". Será que ser "uma jornada contínua e árdua para as profundezas de
nós mesmos" é uma afirmação que
pode ser estendida a outras coisas além do amor incondicional?
"Simplesmente desafiador...mas possível.", eis o sucinto comentário enviado por e-mail por um ex-colega de trabalho após a leitura da postagem O Perdão nos tempos do ódio. Será que ele o repetirá após a leitura de Um inusitado exemplo de amor?
Com o parágrafo acima, encerrei
a postagem anterior. Não, a repetição do comentário não ocorreu, porém um novo
sucinto comentário foi enviado por e-mail.
"Não teria essa grandeza de espírito, mas é uma linda história.", eis o sucinto comentário enviado por uma sobrinha após a leitura da postagem Um inusitado exemplo de amor.
Comentário
que respondi assim: "Também não me imagino tendo essa grandeza de
espírito, mas é algo que devemos nos esforçar para tentar obter."
Sim, a
história de Edith Taylor é realmente uma linda história. Contar histórias, eis
um método de ensino que sempre esteve
presente na história da humanidade, pois todas as civilizações o usaram. Ouvir
lindas histórias, absorver os ensinamentos por elas oferecidos e colocá-los em
prática, eis um método de aprendizado
que nem sempre recebeu e que ainda não recebe a atenção que merece, pois há uma
quantidade estupenda (ou seria estúpida?) de indivíduos que não o usam.
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