Começo esta postagem com algumas das palavras finais da narrativa do Libardi:
“Essa história ainda não acabou, mas esses garotos reverteram uma situação. Antes da peça começar havia:- Uma orquestra que passava por uma reformulação capitaneada por um maestro austero e considerado por muitos autoritário;
Depois que eles agiram havia:- Um maestro autoritário à procura de uma orquestra. E possivelmente uma orquestra à procura de um novo maestro.”
Continuo com as palavras da Bianca - minha querida sobrinha – em um e-mail que me enviou em resposta a minha postagem.
“O mais interessante é o resultado...pelo que eu entendi os músicos serão readmitidos.”
E prossigo com a notícia divulgada na internet e por ela acrescentada ao e-mail.
“Músicos da Orquestra Sinfônica Brasileira têm até hoje para se reintegrar à fundação
Maestro Roberto Minczuk foi afastado da direção artística do grupo
Do R7 | 25/04/2011 às 12h03
Termina nesta segunda-feira (25) o prazo estabelecido pela Fundação Orquestra Sinfônica Brasileira para a reintegração dos músicos que haviam sido afastados por insubordinação. No dia 18 de abril, a OSB fez uma proposta final aos instrumentistas. No documento, a fundação afastou o maestro Roberto Minczuk da direção artística da orquestra do Theatro Municipal e trocou as demissões por justa causa por suspensões de dois dias.
De acordo com nota divulgada pela assessoria da deputada Jandira Feghali (PCdoB-RJ), presidente da Frente Parlamentar em Defesa da Cultura no Congresso Federal, a insatisfação do corpo de músicos da fundação em relação ao maestro vem crescendo ao longo dos últimos cinco anos. De acordo com membros da OSB, atos de desrespeito e autoritarismo marcaram a atuação do regente.
A situação foi agravada recentemente pela demissão de 33 músicos. Segundo a OSB, pelo menos outros 11 se encontram em condições irregulares.”
Esta postagem pretende mostrar, a partir do resultado da atitude dos jovens da OSB, que vale a pena protestar quando é feito a alguém algo que não queremos que façam conosco. E vou terminá-la relembrando as palavras de Mark Twain com as quais encerrei a postagem anterior. Fazer o bem contenta alguns e deixa os demais perplexos. E talvez seja a perplexidade que leve alguém a enxergar a atitude dos músicos demitidos não como uma insubordinação e sim como uma reação natural a atos de desrespeito e autoritarismo de um maestro que parece ter trocado a batuta por um martelo.
E como para quem tem martelo tudo é visto como prego insubordinado que precisa levar pancada até ficar quieto no seu lugar, ele saiu por aí martelando. Felizmente, alguém parece ter tomado as dores dos músicos e o martelo das mãos do maestro.
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