Decidindo como agir“Um colunista, ao acompanhar um amigo a uma banca de jornais, cumprimentou o jornaleiro amavelmente e, como retorno, recebeu um tratamento rude e grosseiro. Ao pegar o jornal que tinha sido atirado em sua direção, o amigo do colunista sorriu polidamente e desejou um bom final de semana ao jornaleiro. Ao descerem juntos a rua, o colunista perguntou ao amigo:- Ele sempre o trata com tanta grosseria?- Sim, infelizmente foi sempre assim...- E você é sempre tão polido e amigável com ele?- Sim, procuro ser.- Por que você é tão educado, já que ele é tão grosseiro com você?- Porque não quero que ele decida como devo agir.”
O episódio acima foi publicado no livro Buscando o Equilíbrio – Reflexões sobre a vida, o conhecimento, as relações pessoais e profissionais, de Heródoto Barbeiro e José Renato Sátiro Santiago Jr.
Flagrante da vida real“Certa ocasião, aproximei-me da entrada de um edifício, e, à minha frente, ia um homem de cabelos grisalhos e aparência distinta. Uma jovem chegou ao mesmo tempo e o cavalheiro abriu a porta para ela.Gentilmente, a moça disse: ‘Não precisa ficar segurando a porta só porque eu sou mulher’.O homem ficou em silêncio por um instante, e depois comentou: ‘Eu não abri a porta porque a senhora é mulher. Abri-a porque sou um cavalheiro’.”
O episódio acima foi publicado na edição de outubro de 1986 da revista Seleções do Reader’s Digest, na seção intitulada Flagrantes da Vida Real e contado por George Henley.
Os dois episódios mostram um comportamento raro nesta sociedade na qual o comum é as pessoas tratarem as outras da mesma forma como são tratadas e não conforme acham que são. Ou seja, em vez de seres que agem, a maioria da sociedade é composta de seres que apenas reagem. E dessa forma, apesar de considerarem-se melhores seguem o comportamento de quem julgam piores. Estranho para uma espécie que se considera a mais inteligente do universo, não? Será que somos, realmente, melhores do que aqueles que criticamos, porém imitamos? No meu entender, não.
Quem é realmente melhor age da maneira que julga correta e não do modo que outros agem. Quem é realmente melhor é senhor de suas ações. É o que mostram os protagonistas dos episódios que inspiraram esta postagem e cujo comportamento constitui uma ideia a ser não só espalhada, mas também implementada, se quisermos realmente ter um ano com alguma novidade saudável e um mundo com alguma melhoria. Não, nem o ano será melhor que o (s) anterior (es) nem o mundo ficará melhor a partir de uma simples “virada” de ano, e sim por consistentes mudanças de comportamento realizadas por cada um de nós.
E para terminar a primeira postagem deste ano, deixo-lhes a seguinte sugestão atribuída a Mark Twain:
“Faça sempre o bem; você contentará alguns e deixará os demais perplexos.”
Tenho dúvidas quanto ao contentamento causado pelos protagonistas dos dois episódios, mas não tenho a menor dúvida quanto à perplexidade por eles provocada. Portanto, que tal tentar provocar as duas coisas a partir deste ano? Que tal passar a ser o (a) senhor (a) de nossas ações? Deixar de reagir e passar a agir; deixar de ser coadjuvante e tornar-se protagonista de nossa própria vida. Os que são realmente melhores agem assim.
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