Porque acredito em uma afirmação atribuída a Caio Graco: "Livros não mudam o mundo, quem muda o mundo são as pessoas. Os livros só mudam as pessoas".
E mais pessoas acreditam. Em entrevista concedida ao jornal literário “Rascunho” e publicada no livro “As melhores entrevistas do rascunho”, Luiz Ruffato diz: “Ainda acredito na capacidade da literatura de modificar o mundo modificando cada um dos leitores. Foi assim comigo”.
Como os livros mudam as pessoas?
Espalhando ideias neles contidas. Ideias que consigam influenciar pessoas e as levem a mudar seu comportamento. Então, as pessoas mudadas mudarão o mundo para melhor ou para pior dependendo das ideias espalhadas. Daí, a necessidade de avaliar as ideias a serem espalhadas.
Como podemos avaliar as ideias?
Verificando duas condições:
1. A ideia contribui para melhorar o mundo em que vivemos?
2. A melhoria convém à sociedade ou apenas a mim?
Aqui cabe uma afirmação atribuída ao imperador Marco Aurélio: “O que não convém ao enxame não convém tampouco à abelha”. Creio que a maioria dos problemas atuais resulta da não assimilação desta afirmação.
Quem deve espalhar ideias? Apenas os seus autores?
Acredito que não apenas os seus autores, mas também os que concordam com elas e querem vê-las aplicadas. Até porque uma ideia não tem um único autor. “Edison, autor de inúmeras invenções, acreditava que muitas de suas ideias lhe vinham de fora dele mesmo. Certa vez, quando o elogiaram por uma invenção, rejeitou o elogio, dizendo que “as ideias estão no ar” e que, se ele não a tivesse feito, algum outro o teria. (do livro “Liberte sua personalidade”, de Maxwell Maltz).
Portanto, todos os que almejam viver em um mundo melhor devem participar de sua melhoria. Creio que quem deseja, verdadeiramente, ver suas ideias surtirem efeito, quer mais é que outros contribuam para espalhá-las. Ideias que beneficiam a todos não devem ser propriedade particular de ninguém e devem ser espalhadas gratuitamente. “Vender” ideias só faz sentido para aquelas cujo benefício se restringe a alguns grupos de interesse.
Mas o que tem a ver o que foi dito acima sobre livros com a criação de um blog?
Dependendo da finalidade do blog, creio que tenha muito a ver. O meu blog, segundo sugere o título, pretende conseguir algo semelhante aos que os livros alcançam: espalhar ideias.
A afirmação de Caio Graco foi feita em uma época na qual livros eram um dos poucos meios para espalhar ideias. Hoje existem muitos outros - e o blog é um deles. Eu já usei alguns desses meios: distribuí livros e fotocópias de textos, e enviei mensagens por correio eletrônico. Neste momento, inauguro mais um meio: a criação de um blog.
O que espero obter com este blog?
Que quem o leia faça as avaliações sugeridas acima e - se concordar com as ideias nele contidas – associe-se à tarefa de espalhá-las.
Por que pretendo isto?
Porque acredito na história contada na próxima postagem.
Observação importante:
Solicito que perdoem possíveis erros de português que poderão ocorrer em função de três motivos citados abaixo. Se errar é humano perdoar também deveria ser, pois, inclusive, melhora o convívio. Os motivos são os seguintes:
1. A origem do autor faz com que qualquer erro por ele cometido seja um erro de português;
2. Se o idioma usado é o português, qualquer erro cometido será um erro de português;
3. O autor não foi um brilhante aluno de português e, talvez por isto, não tenha seguido uma carreira da área de letras, mas optado pela área de números.
Portanto, peço-lhes que não se preocupem muito com esses erros. Não façam como aquelas pessoas que assistem a um filme procurando erros de produção e acabam por perder a ideia do roteiro. Curtam a ideia do filme, digo do texto, pois creio que apesar dos erros por desventura existentes, conseguirei lhes passar a mensagem que desejo.
Oferecimentos para revisar os textos antes de serem postados serão bem recebidos, ok?
10 comentários:
Adorei! Você como sempre, bastante original, mesmo quando está apenas a "espalhar idéias" alheias, não perde a autoria e a criatividade, com senso crítico e claro, bom humor, sempre!
Pra mim seria um prazer atrever-me a "passar os olhos" em seus textos antes deles serem divulgados... Estou à disposição! Beijo grande e parabéns pela iniciativa! Certamente serei assídua aqui no pedaço. =)
Monique Medeiros
Guedes,
Brilhante!
Como sempre.
Serei um seguidor fiel.
Grande abraço e felicidades.
José Antonio Saraiva
Monique,
Obrigado pelos elogios e também pelo oferecimento para revisar os textos antes de serem divulgados. Quanto à revisão dos textos, a minha filha também se ofereceu e, a princípio, ficará a cargo dela. Espero que não fique aborrecida e continue a disposição, pois não abri mão de contar com você, ok?
Beijos,
Guedes
Amigo Saraiva,
Obrigado pelo elogio.
Um abraço fraterno,
Guedes
Oi Guedes
Serei mais uma macaquinha. Adorei a história e me fez lembrar daquela música que diz " que sonho que se sonha só, é só um sonho.... mas sonho que se sonha junto é realidade...".
Beijos e boas sortes.
Oi Sheila
Seja bem-vinda ao grupo, macaquinha. Precisamos chegar ao centésimo(a). A frase "O sonho de um é apenas um sonho. O sonho de todos é a realidade.", pelo que sei é atribuída a Miguel de Cervantes, o autor de Dom Quixote.
Beijos,
Guedes
Guedes,acredito e conheço o poder transformador de um livro. Compartilho das suas idéias nesse texto fico feliz pela sua iniciativa de blog.
Parabéns.
Amigo CJ,
Fico feliz por contar com você no grupo dos que conhecem o poder transformador de um livro. Este é um daqueles grupos cujo crescimento é imprescindível para transformar a sociedade em algo melhor. Obrigado pelos parabéns que me enviou.
Abraços,
Guedes
Caro Guedes, o Arnaldo Coelho apresentou-me a sua carta de despedida da empresa, onde dentre alguns desabafos tocantes sobre o mundo corporativo, você tocou em aspecto que me afligia: a falta de feedback.
Também usava emails para espalhar minhas abobrinhas, tinha uma relação de admiradores que me davam feedback aqui e ali, e a lista foi crescendo,
O aqui e ali foi ficando muito disperso, o que me deixava meio frustrado, mas não o suficiente para desistir da atividade. Além do mais, os poucos que continuavam eram enfáticos o suficente para deixar meu ego satisfeito.
Muitas pessoas me sugeriram o veículo blog, e finalmente aderi: agora sou um blogueiro.
Minhas abobrinhas não são tão profundas quanto as idéias que você espalha, como já percebi numa passada d'ólhos por seu muito bem montado blog. Mas acho que consegui um publico fiel. Meus assuntos são muuuito variados, com alguns preferecniais, como notará em meus marcadores.
Serei seu seguidor, ativo.
Meu blog é
www.blogdohomerix.blogspot.com
Grande abraço!
Hoemrix
Caro Homerix,
Já incluí o Arnaldo entre os espalhadores de ideias. Aliás, pelo que fiquei sabendo, aquele e-mail de despedida foi bastante espalhado.
Temos histórias parecidas. Eu tinha uma crescente lista de destinatários de e-mails e também recebi sugestões para criar um blog.
Já visitei o seu blog e gostei muito do que vi. Que bom que seja diferente do meu, pois a beleza da vida está na diversidade de coisas interessantes. Seu blog focaliza coisas das quais eu também gosto.
Obrigado pelos elogios.
Abraços,
Guedes
Postar um comentário